TDAH: CERCADO DE MITOS E PRECONCEITOS, O NÚMERO DE DIAGNOSTICADOS AVANÇAM NO BRASIL E MUNDO.
Em outras décadas, o TDAH ( Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade ) não era mencionado e nem sequer muito discutido pelas pessoas e por especialistas. O fato é que, esse transtorno sempre existiu e uma vez, sem tratamento, atrapalha e muito a vida do indivíduo que é portador dessa condição.
Atualmente, estima-se que cerca de 5% a 15% da população mundial, apresenta o Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade, segundo dados da OMS. E cada vez mais, aumentam os números de pessoas portadoras desse distúrbio. O TDAH é um transtorno do neurodesenvolvimento, que geralmente acomete crianças, logo na primeira infância e que podem ocasionar muitos problemas na vida social, escolar, profissional e afetiva.
A condição pode ser desenvolvida por diversos fatores: social e hereditário. Crianças que possuem o transtorno, certamente os pais também apresentarão as condições.
O Transtorno apresenta três sintomas, que podem parecer simples, mas são extremamente graves: Desatenção, Hiperatividade e Impulsividade. É extremamente necessário que a pessoa tenha um diagnóstico correto, para que tenha qualidade de vida.
A Psicóloga e Pós Graduanda em Neuropsicologia CRP: 06/214210, Alina Bispo nos contou sobre como funciona essa condição:
“O TDAH é um transtorno de déficit de atenção e hiperatividade. Os motivos para o surgimento são diversos, mas o principal é o fator genético. O diagnóstico costuma ser feito com o primeiro pediatra, porque os sintomas se iniciam e aparecem na primeira infância, mas podem ser tranquilamente diagnosticados com o psiquiatra, na fase adulta. Aí sim, o TDAH afeta a vida social porque é um padrão persistente de desatenção e hiperatividade que afeta todo um funcionamento da vida do indivíduo. O TDAH não tem cura, mas ele tem controle, já que é um sintoma com múltiplas, que inclui fatores neurobiológicos, sociais e ambientais. Acompanhará o sujeito pela vida toda, mas é possível sim, fazer o controle com Terapia Cognitiva Comportamental e dependendo da gravidade, com intervenção medicamentosa”. diz ela.
Lidar com uma pessoa com essa condição pode ser um grande desafio, mas é preciso desmistificar essa condição e entender melhor essa doença. Longe de ser frescura ou preguiça da pessoa que sofre com essa condição, a falta de um diagnóstico correto e tratamento adequado, leva o indivíduo a desenvolver ansiedade, depressão e outras séries de questões, piorando ainda mais o seu comportamento e funcionalidade perante o mundo.
Por Caroline Rossetto
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