Conselho Tutelar intensifica o trabalho durante a pandemia
O trabalho do Conselho Tutelar, que atua 24h, não foi paralisado mesmo com a quarentena na Pandemia. A proteção à infância se intensificou, quando foi decretado por prefeitos e governadores, através das secretarias de educação, apenas aulas virtuais.
A criança e o adolescente foram as maiores vítimas da violência, desde quando começou a pandemia. Como eles passaram mais tempo em casa, sem aula presencial, os abusos cresceram. Como salientou Célia, líder comunitária do bairro de Guaianases: “nesta pandemia, aumentou muito a violência com as crianças e adolescentes, por conta de ficarem em casa”.
Durante o período de isolamento social, segundo informações de conselheiros e professores, quem mais denunciou os abusos contra os menores foram os vizinhos. Quando o menor está na escola, a direção aciona o conselho quando professores suspeitam sobre possível abuso de omissão ou agressão psicológica ou física.
São vários casos de violência contra a criança e o adolescente, desde a omissão dos responsáveis como o abandono, quando privam o menor de seus direitos: alimento, saúde, higiene, ou ficam trancadas em casa sozinhas e nas ruas. E os abusos psicológicos e físicos, quando o menor é submetido a ameaças, xingamentos, surras, gritarias ou violência sexual.
De acordo com a Secretaria de Direitos Humanos, da Prefeitura de São Paulo, a evasão escolar virtual surgiu como novidade para especialistas através de pesquisas do Observatório da Criança e do Adolescente, que despertou analistas da educação, da atenção à infância, tanto de seus responsáveis quanto do estado.
Menores em extrema vulnerabilidade social não realizaram lições por falta de internet, precisaram do apoio do responsável para estudar, fazer lições, trabalhos e provas. E no final, apresentaram notas baixas, precisaram da intervenção da parceria entre escola e conselho tutelar para recuperação. Muitos casos surgiram de crianças e adolescentes forçadas a trabalhar.
Quem presenciar alguma situação de violência contra o menor na região de Guaianases, entre em contato com o Conselho Tutelar que funciona 24h, com o apoio de cinco conselheiros. O órgão, como um colegiado, atua em todo território nacional e atende a cada bairro. Para o acolhimento, existe uma rede proteção com a vara da infância nos Fóruns da Infância de cada região, com a Defensoria Pública e o Ministério Público.
Em Guaianases, conforme a jurisdição da Subprefeitura de atendimento no território, nos distritos de Guaianases e Lajeado, duas unidades do Conselho Tutelar atuam no acolhimento em cada bairro. Veja abaixo, endereço e contato.
Guaianases – Rua Centralina 254, telefone 2392-9530 /Lajeado – Estrada do Lajeado Velho, 348, telefone 2392-8720.
REPORTAGEM POR MÁRCIA BRASIL
Este projeto foi realizado com o apoio da 5a Edição do Programa Municipal de Fomento ao Serviço de Radiodifusão Comunitária Para a Cidade de São Paulo