Cinco mil crianças ficaram fora da escola em São Paulo na retomada das aulas presenciais no início de 2022.

A falta de vagas será resolvida até dia 20 de fevereiro, segundo o governo de São Paulo que, após pressão de mães e pais e do ministério público que investiga o caso, alega o aumento da demanda da migração de alunos da rede privada para pública.

Muitas famílias devido a queda da renda, resultado do impacto na economia durante a pandemia, não conseguiram matricular os filhos em escolas particulares e migraram para a rede pública. O déficit de vagas é tanto das escolas municipais quanto as estaduais.

De acordo com a ONG todos pela educação, milhares de crianças na idade escolar hoje não são alfabetizadas ou letradas. Um embate na sociedade devido as crianças perderem com as aulas virtuais chamou a atenção de especialistas que analisaram um retrocesso, muitas famílias não tinham acesso à internet ou não poderiam orientar os menores com conteúdos didáticos e aprofundados.

Com todo o problema, o ministério público cobrou uma solução imediata, a curto prazo, a fim de não prejudicar o ensino e as famílias que não tem onde deixar os pequenos, já que após a vacinação de crianças e adolescentes seria um indício de retomada 100% das aulas presenciais, após dois anos de isolamento por conta da covid.

A justiça questionou o governo de São Paulo, se a falta de vagas foi suprimida pelas mudanças das escolas que passaram a ter aulas em ensino integral e reduziram o número de vagas.

Divergências entre prefeitura e estado confundiram a sociedade. Segundo a prefeitura de São Paulo, o aumento das vagas não implicaria em aumento de números de alunos por sala. Já o governo de São Paulo, as salas passariam de 30 para 33 alunos.

REPORTAGEM POR MÁRCIA BRASIL

Fonte: Ministério Público de São Paulo/ Governo de São Paulo / todos pela Educação

Este projeto foi realizado com o apoio da 5a Edição do Programa Municipal de Fomento ao Serviço de Radiodifusão Comunitária Para a Cidade de São Paulo

INFORMATIVO: 5 mil crianças não conseguiram vagas em escolas paulistas