Fundação Casa desativada vai virar centro de acolhida em Guaianases
Dois, dos seis espaços, estão localizados em Guaianases.
A prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) e a Secretaria Estadual da Justiça e Cidadania, fará uso de seis antigas unidades da Fundação Casa para abrigar pessoas em situação de rua.
População duvida que a prefeitura abrigue apenas as pessoas em situação de rua. Na opinião da maioria, o prefeito apenas deixará as pessoas no albergue sem apoio ou auxílio.
A preocupação da população dos bairros traz uma inquietação sobre os novos moradores. Eles acreditam que muitos destes moradores de rua sejam usuários da Cracolândia, que estão sem assistência social e saúde.
“Retirar os usuários da Cracolândia e realocar eles, e enfiar num lugar sem tratamento não vai surtir efeito nenhum. O que tem que ser feito é procurar tratar ou reduzir danos, algo que tenha essa finalidade, para que a gente não fique só expulsando eles de um lugar para que eles causem até repulsa de outra população de outras regiões.”, explicou Aline.
Moradores e comerciantes estiveram em frente a um dos antigos prédios desativados da Fundação Casa para protestar contra a transformação do local em um centro de acolhimento para pessoas em situação de rua.
Em vez disso, eles pedem que seja instalado um Centro Cultural. Para os manifestantes, o projeto irá desvalorizar a região, além de colocar em risco toda a comunidade.
A reivindicação das comunidades do bairro é para que se construa um Centro Cultural para atender jovens e adultos que precisam de esporte, universidades, lazer, cultura e emprego.
A Prefeitura de SP informou que um dos prédios da Fundação Casa para abrigar pessoas em situação de rua passará por uma reforma e deve estar pronto para uso no fim do mês.
A primeira unidade a ser entregue será do Centro de Acolhida Especial (CAE) para Famílias no Itaim Paulista (Encosta Norte). Dois, dos seis espaços, estão localizados no Itaim Paulista, dois em Guaianases, um no Parque do Carmo, Zona Leste, e um em Taipas, Zona Norte.
Em junho deste ano, um levantamento mostrou que a capital paulista registrava, em 2021, 42.240 pessoas em situação de rua, sendo o maior número do país.
O abrigo terá capacidade para acolher 100 pessoas, e tem previsão de entrega para o dia 23 de agosto.Todas as unidades eram destinadas para outro caráter de uso, e haverá a necessidade de adequações nos edifícios
As reformas incluem retirada de portas com grades, alambrados e adequações elétricas e hidráulicas para banheiros de uso privativo, além de toda revitalização com jardinagem e pintura, e instalação de biblioteca.
A vigência da concessão dos espaços públicos estaduais é até setembro de 2023, podendo ser renovada por mais tempo.
Reportagem: Márcia Brasil
Fonte: Prefeitura de São Paulo/ Sindisep
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