Comerciantes da rua Getulina sofrem mais com as chuvas de verão
Basta uma nuvem carregada para os lojistas de Lajeado fecharem as portas mais cedo.
Os imóveis próximos às margens de um córrego ou nas áreas mais baixas dos bairros, usam portas de contenção de ferro com barreiras para enchentes. Isso é comum para os lojistas da rua Getulina que programam saída quando está muito abafado e surgem nuvens carregadas.
Wando diz que tem medo, ele trabalha como ambulante, já viu comerciantes perder mercadorias, não quer passar por isso.
“Não tive problema porque saio mais cedo, no caso quando começa a chover a gente vai embora, mas a gente vê que o pessoal tira foto. Quando começa a chover fica preto, a gente, ó! pica o pé!
De acordo com os meteorologistas, o mês de janeiro segue com muito calor e chance de pancadas de chuva e tempestades com grande volume na região leste.
Algumas áreas da cidade podem sofrer riscos de alagamentos e quedas de árvores, por conta de granizo e ventanias. As tardes devem ficar abafadas com a temperatura acima dos 30°C.
O Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), órgão da prefeitura que monitora o clima e seus efeitos na capital paulista, informou que a cidade entrou em estado de atenção por conta da instabilidade climática, entre os dias 08 e 10 de janeiro, reflexo da combinação de calor e umidade.
De acordo com o CGE, há chance de chuva forte por causa da passagem de frente fria que traz mais umidade pelo litoral paulista e do excesso de calor que estará armazenado na região da capital paulista, combinação que propicia volumes de chuva acima da média em janeiro.
O forte temporal provocou a interdição de várias ruas por conta de alagamentos em Guaianases e Lageado, o que atrapalha o trânsito e atrasa o transporte público, com os alagamentos nas principais vias, que impedem as pessoas saírem de casa ou do trabalho.
Segundo o CGE, vários bairros foram atingidos pelo temporal, com queda de granizo e pontos de alagamentos. As rajadas de vento de até 100 km/h na cidade de SP derrubaram dezenas de árvores na capital.
A forte chuva assustou moradores da região leste, que temem, além de perderem tudo, o desmoronamento das casas nas encostas com as chuvas frequentes no período do verão até o mês de março, já que boa parte dos imóveis ficam em áreas de risco.
De acordo com a previsão dos Institutos meteorológicos, há previsão de nova Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZACAs), correntes de ar quente vindas do norte da África que cruzam da Amazônia ao Atlântico e se encontram com as temperaturas do sudeste, um movimento de ar com fortes mudanças climáticas que elevam nuvens carregadas, podendo causar enchentes e deslizamentos desde o início do verão.
O estado de São Paulo terá pancadas de chuva típicas de calor, que ocorrem à tarde ou à noite e passagem de frentes frias. Mesmo assim, para a maioria das áreas do interior paulista, a previsão é que janeiro chova mais, por conta do efeito El Nino na altura da linha do Equador que aquece as águas do oceano pacífico e descontrola ok clima no planeta.
A Subprefeitura de Guaianases informa que mantém as equipes de limpeza nas ruas, realiza obras de manutenção e desassoreamento dos córregos, e reforça o aviso sobre a importância do descarte correto do lixo e entulho nos ecopontos na região.
A administração ressalta a prevenção com as equipes de limpeza, planejamento de contingência de catástrofe lançado com a Defesa Civil, e intensifica ações organizadas pela Secretaria das Subprefeituras de São Paulo (SMsub).
A subprefeitura solicita à população que não jogue lixo ou entulho em locais públicos, a fim de evitar desastres ambientais como enchentes, alagamentos, poluição dos rios, emissão de gases tóxicos, acidentes e outros impactos negativos que trazem malefícios ao ser humano, como a proliferação de animais peçonhentos e doenças infectocontagiosas.
Para mais informações, acesse o Portal 156, para emergências ligue para a Defesa Civil no 199 ou Corpo de Bombeiro 193
Reportagem: Márcia Brasil
Fonte: Subprefeitura de Guaianases/ CGE/ INMET
Imagens: Márcia Brasil
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