A Biblioteca Cora Coralina oferece ao público uma diversidade de cultura, educação e entretenimento
Além do grande acervo literário, o espaço abre as portas para a população realizar oficinas e participar das atividades para todas as idades.
A biblioteca localizada no centro de Guaianases conta com um acervo de mais 61 mil exemplares constituído por livros de literatura e informação, revistas, atlas, multimídia, livros falados e audiolivros, entre outros materiais.
Segundo o departamento de bibliotecas da secretaria da cultura, a biografia da patronesse Cora Coralina leva o público a entender a importância de uma das escritoras mais importantes da cultura brasileira.
Uma das frases mais conhecidas de Cora Coralina, já foi pronunciada em contos da televisão, novela e teatro: “O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada. Caminhando e semeando, no fim terás o que colher”. Trecho do poema “Meu Melhor Livro de Leitura” da obra ‘Vintém de cobre: meias confissões de Aninha’.
Joyce, moradora de Guaianases, enfermeira e feminista, leva sempre que pode o filho na biblioteca. Ela acha importante e encontra tempo por achar que as bibliotecas são espaços que fazem a população ter acesso à cultura, mas vê que falta incentivo dos governos.
“A leitura traz novos conhecimentos. Ela traz novos horizontes, novas formas de pensar, até porque assim, a questão da dificuldade das pessoas entenderem as coisas, é por causa da falta de leitura”.
Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, que adotou o pseudônimo de Cora Coralina, nasceu em 20 de agosto de 1889 na cidade de Goiás, Goiânia, antiga Villa Boa de Goyaz.
Filha de Francisco de Paula Lins dos Guimarães Peixoto, desembargador nomeado por D. Pedro II, e de Jacinta Luísa do Couto Brandão, Ana nasceu e foi criada às margens do rio Vermelho. Aos 15 anos de idade, devido à repressão familiar, vira Cora, no derivativo de coração. Coralina veio depois, como uma soma de sonoridade e tradução literária.
Cora foi uma poetisa e contista brasileira de prestígio, tornando-se um dos marcos da nossa literatura. A autora iniciou sua carreira literária aos 14 anos com o conto Tragédia na Roça, publicado no Anuário Histórico e Geográfico do Estado de Goiás.
Casou-se com o advogado Cantídio Tolentino de Figueiredo Brêtas e teve seis filhos.
O casamento a afastou de Goiás por 45 anos. Ao voltar às suas origens, viúva, iniciou uma nova atividade, a de doceira. Além de fazer seus doces, nas horas vagas ou entre panelas e fogão, Aninha, como também era chamada, escreveu a maioria de seus versos. Publicou o seu primeiro livro aos 76 anos de idade e despontou na literatura brasileira como uma de suas maiores expressões na poesia moderna.
Em 1982, mesmo tendo estudado somente até o equivalente ao 2º ano do Ensino Fundamental, recebeu o título de doutora Honoris Causa pela Universidade Federal de Goiás e o Prêmio Intelectual do Ano, sendo, então, a primeira mulher a receber o troféu Juca Pato (1983).
No ano seguinte, Cora foi reconhecida como Símbolo Brasileiro do Ano Internacional da Mulher Trabalhadora pela FAO. Morreu em Goiânia, aos 95 anos, em 1985.
Obras de Cora Coralina: Poemas dos becos de Goiás e estórias mais (1965); Meu livro de cordel (1976); Vintém de cobre : meias confissões de Aninha (1983), Estórias da Casa Velha da Ponte (1985), Os Meninos Verdes (1980) e as Obras póstumas entre outras obras.
Em 4 de julho de 2015 a biblioteca passou a ser temática feminista, ganhando acervo específico com 720 obras, além da Coleção Rosangela Rigo com mais 355 títulos, e ainda revistas e periódicos.
A programação cultural da biblioteca é publicada mensalmente em conjunto com as demais bibliotecas de bairro, e pode ser acessada na homepage do Sistema Municipal de Bibliotecas dentre as várias linguagens culturais, tais como saraus, literatura, mediação de leitura, teatro, contação de histórias e circo.
Todo o acervo da Biblioteca Cora Coralina pode ser encontrado no catálogo online do Sistema Municipal de Bibliotecas. Na temática feminista, o catálogo está nos assuntos Mulheres, Mulheres – Condições sociais, Feminismo, Feminismo – História, Direito das mulheres, Mulheres na política, entre outros termos, para acessar as obras.
Já no espaço, o usuário tem à sua disposição um acervo de filmes em formato de DVD, de gêneros diversificados, documentários e infantis para exibição e consulta individual em cabines instaladas para este fim.
Boa parte das obras pode ser emprestada ao usuário matriculado na biblioteca.
Informe-se sobre as novas aquisições pessoalmente na rua Otelo Augusto Ribeiro, 113, centro de Guaianases, que funciona de segunda à sexta, das 8h às 17h, sábados das 10h às 14h; não abre aos domingos. Você também pode entrar em contato pelo telefone: 11 2557-8004
Reportagem: Márcia Brasil
Fonte: Biblioteca Municipal Cora Coralina
Imagens: Márcia Brasil e redes sociais
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