Praça na região central de Guaianases é tomada por lixo.

O bairro de Guaianases tem um problema crônico com o lixo que é despejado por empresas, moradores da região e pessoas que vivem em situação de rua.

A praça localizada entre as ruas Benedito Leite de Ávila e Eugênio Radiante com a avenida Sansão Castelo Branco, é ponto viciado de descarte de todo tipo de lixo, desde entulho, lixo comum até animais mortos.

Comerciantes reclamam das pessoas que não colaboram com a limpeza. Eles avaliam que a subprefeitura de Guaianases é presente. A equipe de zeladoria realiza o corte de mato, retirada de entulho e varrição na região. Assim que os funcionários finalizam o serviço, novamente está suja a área. Existem relatos de carros que despejam entulho no mesmo local à noite.

Sueli não acredita que pode melhorar, se são os próprios vizinhos dela que jogam a sujeira. Ela diz que quando chove muito forte o córrego que passa no meio da praça sobe e traz toda a sujeira na porta de seu comércio que já tem o prédio elevado e comporta instalada para conter as chuvas. Ela lamentou que até cachorro morto estava no meio do entulho que ela teve que limpar.

“A gente vê o povo até jogando saco de lixo. O culpado é o povo mesmo, por que tipo, eu fico mais … quando alaga aqui, eu tenho dó das crianças. Por que dos adultos viu … se você não quer que entope ou não alaga, então, não joga lixo.”

A Subprefeitura de Guaianases informa, que mantém as equipes de limpeza nas ruas e praças, realiza desassoreamento dos córregos e reforça o aviso sobre a importância do descarte correto do lixo e entulho nos ecopontos na região.
A administração ressalta que a prevenção é importante em qualquer local com água limpa e parada que pode ser um potencial foco por meio do qual o mosquito consegue deixar ovos e se reproduzir. Os locais mais comuns são caixas d`água, pneus, vasos de plantas, lajes e marquises.

Unidades de saúde da região leste lotam diariamente com pessoas que buscam teste após apresentarem os principais sintomas similares ao caso da doença que são: dor de cabeça, nas articulações e no corpo, febre, náusea e vômito.

A cidade de São Paulo já entrou em alerta epidemiológico, mais de 15 bairros estão em atenção. Com isso, o governo de São Paulo incluiu a capital paulista no decreto de emergência após a explosão de casos em várias cidades.

A decisão do decreto foi tomada pelo COE (Centro de Operações de Emergências) de combate ao Aedes aegypti, da Secretaria Estadual de Saúde. Medida ocorre após o estado registrar 300 casos confirmados de dengue para cada 100 mil habitantes.

A prefeitura informou que 10.000 agentes foram para as ruas para o combate ao mosquito, com reforço em Itaquera, que tem o maior número da doença da cidade, onde foram confirmadas mais casos de pessoas infectadas.

O Brasil já ultrapassou mais de 470 mortes por dengue e mais de 1,5 milhão de casos. Já o Ministério da Saúde informou ainda que são 767 óbitos ainda em investigação. A taxa de incidência é de 635,2 casos por 100 mil habitantes.

Em 2023, o Brasil registrou 1,6 milhão de diagnósticos de dengue e 1.094 óbitos, foi o ano com maior número de mortes por conta da doença. Até então, 2022 era o que tinha registrado mais vítimas: 1.079% neste janeiro em relação ao mesmo período do ano passado.

A subprefeitura solicita à população que não jogue lixo ou entulho em locais públicos, a fim de evitar desastres ambientais como enchentes, alagamentos, poluição dos rios, emissão de gases tóxicos, acidentes e outros impactos negativos que trazem malefícios ao ser humano, como a proliferação de animais peçonhentos e doenças infectocontagiosas.

A prefeitura orienta que a população pode solicitar informações sobre a dengue,
pedidos de vistoria em locais com água parada ou denunciar infrações com descarte irregular de lixo pelo portal 156

Reportagem: Márcia Brasil
Fonte: Subprefeitura de Guaianases/ CGE/ INMET
Imagens: Márcia Brasil

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